Guxtaw Uyräsu

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segunda-feira, 17 de maio de 2021

Jurupari, o tuxawá



O segundo Jurupari da mitologia tupi, é um guerreiro e chefe que existiu na região amazônica e foi o responsável por vários feitos, milagres e estratégias bem sucedidas nas guerras. Ele é descendente tanto de um dos quatro espíritos que regem o mundo (Yamandu é seu bisavô) como também o lado masculino de Koarasy/Gwarasy (o sol).

Sua mãe, Seusy [Ceuci], imaginou ter engravidado do fruto do Mapaty quando estava em período fértil. Mas na verdade foi Koarasy que também estava no cio, não resistiu à beleza da moça, arrancou seu pênis e o lançou no grande rio em forma de boto cor de rosa junto com sua consciência masculina. O restante do corpo dele permaneceu no céu com a consciência feminina. Seusy ficou toda lambuzada após comer os frutos e foi tomar banho no rio onde encontrou com o boto, caiu nos seus encantos e ‘cruzaram’ dentro d’água. O boto (Koarasy) a fez esquecer do episódio o que a fez imaginar ter sido engravidada pela fruta.
Até sua adolescência, o filho de Seusy se chamava Ubaraíra (filho da fruta). Recebeu o nome de Jurupari quando atingiu a idade adulta e precisava abandonar o nome de criança. O nome de adulto foi uma homenagem ao suposto deus Jurupari que havia se apresentado aos povos em eras mitológicas. Na verdade, era o demônio do fundo do rio que, quando livre, fingiu-se de deus criador para ludibriar os povos. Nessa região, ninguém sabia que ele havia sido desmascarado e aprisionado novamente.
Jurupari, o guerreiro, se tornou tuxawá (chefe) e até hoje é lembrado e comemorado por muitos povos amazônicos.

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