Guxtaw Uyräsu

Guxtaw Uyräsu

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

As lendas do Amor


Já pararam para pensar como o amor é, depois do sexo, o assunto mais debatido pela humanidade desde o início da inteligência humana? Foram criadas até divindades que regem tal poder/sentimento. É nesse contexto que começa meu pensamento. Todos nós sabemos que o amor é CEGO, certo? isso não só por convivermos com essa realidade todos os dias como também pelo fato de tal pensamento está encravado na nossa cultura desde épocas remotas.
Um bom exemplo é o Cupido (Eros para os romanos), deus grego filho de Afrodite (Vênus), que na verdade era míope. com os séculos o amor que antes era apenas míope ficou cego mesmo segundo a cultura ocidental.
Agora... e quanto à culturas mais distantes que não tiveram contato com a cultura grega ou qualquer cultura semelhante? É o caso da crença tupinambá no tupuxuara (espírito ancestral) chamado Rudá (o R é vibrante). Esse tupuxuara era TOTALMENTE CEGO! e da sua morada no alto das nuvens vermelhas do fim da tarde ele lançava o amor indiscriminadamente entre os viventes.
O interessante é que poderia não ser assim, afinal, o deus egípcio Hórus além de ser deus de diversas outras coisas, também era o deus do amor e nem por isso ele era cego, muito pelo contrário. Pelo fato de ser uma entidade antropo-zoomórfica (parte humana e parte animal) ele tinha uma visão de águia (só trocadilho mesmo, porque ele é um falcão).
Outro caso curioso é o Deva (deus indu) Kamadeva (é representado como um jovem bonito e alado que carrega um arco e flechas. Seu arco é feito de cana-de-açúcar, com uma corda feita de mel de abelhas, e suas flechas são decoradas com cinco tipos de flores de diversas fragrâncias. explicação do Wikipedia)
Ele não é cego mas usa arco e flecha... Detalhe que as divindades indus são bem mais antigas que as divindades gregas. Isso nos leva a crer em mera coincidência ou intercâmbio de conhecimentos por conta de invasões helênicas ou até mesmo a expansão ariana no passado?

Com relação ao fato de não me retratar às divindades femininas do amor, é porque essas estão mais relacionadas à beleza e/ou ao matrimônio e não exclusivamente ao amor. mas aí vão elas:

Oxum — Divindade de Umbanda (não me lembro do significado do nome, depois eu coloco)

Afrodite — Divindade grega, conhecida como Vênus entre os romanos. O nome já explica sua origem “nascida da espuma”, é a grande Deusa do Amor e da beleza. Mãe de Eros e Príapo.

Lakshmi — Divindade hindu do ouro, fortuna, prosperidade, beleza e Amor. Consorte de Vishnu. Muito popular na Índia, sendo considerada a mais próxima dos seres humanos. Quer o bem-estar de todos sem se preocupar com suas ações ou seu passado. Surgiu das águas cósmicas da eternidade. Traz riqueza material e espiritual.

Hator — Divindade egípcia, “a casa de Hórus”, Senhora do céu e do horizonte (em dendera). Uma das Divindades que melhor representa o sentido do Amor.

Freyja [frráia— Divindade nórdica, feminina, uma das três esposas de Odin e mãe de Balder. Divindade do Amor e da Beleza. De seu nome deriva o nome da sexta-feira (Freitag, em alemão; Friday, em inglês). 

Blodeuwedd — Divindade celta, no seu aspecto de donzela, jovem, representa o amor, as flores e a primavera.

Branwen¹ — Divindade escocesa do Amor, da sexualidade, da Lua e da noite. Chamada de “Seios Brancos” ou “Vaca Prateada”.

Branwen² — Divindade galesa do amor, conhecida como a divindade do seio branco, seu nome significa “corvo branco”.

Allat — Divindade babilônica da cópula, das uniões, atua no campo do Amor ajudando as pessoas a conceberem a vida e os projetos.

Ishkhara — Deusa babilônica do amor, sacerdotisa de Ishtar.

Kwan Yin — Divindade chinesa do amor faz parte de um culto ancestral muito antigo, que se perde no tempo, também representa a paz, o perdão, a cura e a luz.

Kwannon — Divindade japonesa do amor, do perdão e da paz.

Maile — Divindade havaiana, é aquela que rege a Hula (dança sagrada), a alegria e a sedução. É ainda representada com a murta, trepadeira de flores muito cheirosas.

Erzulie — Divindade haitiana do amor e da sexualidade.

Astarte — Divindade canaanita, seu nome significa “o ventre”, de grande sensualidade, regia o amor, o desejo e a paixão. Usava o vermelho e o branco simbolizando o sangue menstrual e o sêmen.

Xochiquetzal — Divindade asteca, significa “flor preciosa”. Ela é a deusa das flores, do amor, criadora de toda a humanidade e intermediadora dos deuses. Foi mulher do deus Tlaloc, deus da chuva, mas acabou sendo raptada por Tezcatlipoca que a levou aos nove céus. Vivia em Tamoanchan na “Árvore Florida”, um verdadeiro paraíso. Teve vários nomes incluindo Ixquina e Tlaelquani.

Chu-Si Niu — Divindade tailandesa dos partos, recebia oferendas de flores em seus templos.

Sammuramat — Divindade assíria, Senhora do Amor, da fertilidade e sexualidade.


Anahita — Divindade persa do Amor, considerada uma das Divindades governantes do império. Considerada como o poder fertilizador da Lua e das águas. Senhora da concepção, purificava o sêmen e consagrava o ventre e seios da mulher. Aparecia como uma linda mulher vestida de dourado e ornada com peles, diademas e colares de ouro.

Erzulie Freda — Divindade haitiana do Amor, cultuada e oferendada nas cachoeiras.

Partaskeva — Divindade eslava do amor e da sexualidade. Regente da água trazia fertilidade, bênçãos para as uniões matrimoniais e saúde.

Caritas ou Graças — Divindades doadoras do carisma e da graça. Para os romanos, eram aspectos de Vênus, chamadas de Vênia, ou Afrodite para os gregos.  Seus nomes eram Aglaia, a brilhante, Thaleia, a que traz flores, e Euphrosyne, a alegria do coração.


Ainda tem mais coisas que eu poderia falar, mas já está mais que o suficiente. rsrsrs