Os dois realizaram muitas coisas no mundo e realizaram transformações. Diferente do Deus criador, eles não tinham poder de criar, mas podiam transformar. Koarasy não ficou muito lembrado por realizar essas transformações porque era totalmente indiferente com a vida aqui em baixo enquanto Jasy dava essa atenção na medida do possível e um de seus feitos foi juntar muitas de suas estrelas para formar um caminho que guiasse as almas durante a noite rumo ao gwajupiá (o paraíso). Outro feito de Jasy foi transformar uma jovem que morreu de amor por ele, sem que ele soubesse disso antes, em vitória-régia.
Jasy e Koarasy não podiam ser chamados de homens ou mulheres. Como espíritos, possuíam as duas naturezas. Porém, certo dia Koarasy se encantou com a beleza física de uma jovem e sua natureza masculina explodiu. Koarasy não podia largar seu posto, então extraiu seu pênis e o lançou no rio junto com sua consciência de homem. Assim surgiu o Aiká (boto rosa) que desde sua ‘primeira vez’, nunca mais quis sair do mundo dos humanos sempre encantando belas jovens para seu deleite.
Jasy ficou sabendo da malandragem do irmão e sentiu vontade de fazer o mesmo. Extraiu sua masculinidade física e mental, lançou também no grande rio e assim surgiu o Tukuxi (boto cinza).
Os corpos originais deles permaneceram no céu apenas com a natureza e consciência femininas justificando ainda mais seus nomes onde Koara’sy é Mãe do Dia (ou do ‘tempo contado’ dependendo do dialeto) e Jasy é Mãe da vegetação/ das plantas.
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